quarta-feira, 30 de junho de 2010

The Little Things

Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje... Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar... Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Sou pessoa de riso fácil e choro também.

Tati Bernardi

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ontem

Ontem eu descobri que eu posso me enganar, ontem eu descobri que meu coração nem sempre joga limpo. Ontem eu descobri que ele pode me confundir, e que pode quebrar a ilusão das coisas com igual facilidade. Ontem eu descobri que tomei a decisão errada, eu estava completamente cega. Dois amores às vezes não servem para uma pessoa só, escolhas são obrigatórias, mas eu tenho o direito de errar nelas. Embora seja difícil de admitir, uma pequena paixão pode balançar um grande amor. Mas um grande amor não pode se perder.

terça-feira, 22 de junho de 2010

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O conhecimento é produzido num processo sem fim. O conhecimento considerando absurdo hoje poderá ser supervalorizado amanhã. Por isso a democracia das ideias é uma necessidade inevitável.
Não é possível viver em liberdade sem respeitar os que pensam diferente de nós.

Augusto Cury

domingo, 20 de junho de 2010

Todas as paroxetinas são acentuadas

Um mês de antidepressivo e volto ao consultório da psiquiatra. Preciso contar o que mudou. Bom, antes, quando fechavam a porta do avião, eu pensava “quando eu vou começar a morrer?” e agora eu penso “quando é que vão servir o lanchinho de pernil vencido?”. É, substituir a morte por um lanche por apenas 48 reais a caixinha com 10 comprimidos de 20 mg me parece bem interessante. Acho que estou bem.
Ela tinha avisado que eu sentiria fome, só não imaginei que seria de meia em meia hora. Só nunca me imaginei comendo banana com pão de queijo às quatros da manhã. E pior: com gemidos musicalizados. Do tipo: cara, como a vida é boa.
Acho que tô bem. Quando o trânsito para eu não penso mais que meu miocárdio vai explodir junto com uma veia da testa e eu, tão bonitinha, vou me dissipar pelo mundo entre tripas, bostas e sangues. Penso apenas “hmmm, olha só, se o trânsito não tivesse parado, eu não teria visto que abriu uma franquia do “amor aos pedaços” nessa avenida. Hmmmmm.
Acho que tô bem. Não me mordo mais dormindo, tensa, tipo “de onde viemos e para onde vamos” ou pior “se Deus não existe, como faz?”. Eu acordo pra morder, quer dizer, comer. E Deus deve existir, caso contrário, não existiria a banana com pão de queijo às quatro da manhã. E eu não sei de onde eu vim, mas iria fácil, agora, a uma pizzaria.
Eu acho que estou bem. Não tenho mais pânico de atravessar a rua, de lugar fechado, de compromisso, de túnel, de trovão, de ficar doente, de cair dura, de enfartar, de calor. Mas, pra falar a verdade, tá me dando muita fome e eu queria ir embora agora. Eu tô bem. Tá tudo bem. Ah, sim, a receita, obrigada. Hmmmm receita! Vou pedir pra minha mãe fazer aquele bolo de…Voltar daqui um mês? Claro, se eu ainda passar pela porta.

Tati Bernardi