quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Cafés frios

Não. Eu vou te chamar no meio na noite, enquanto eu chorar. Quando eu estiver só, você ainda vai estar aqui, e disso eu sei. Pois foi você quem disse pra eu não desanimar, foi você quem me ensinou a ser quem eu sou. Porque foi você quem me amou primeiro, e não pediu nada em troca. Eu nunca vou encontrar como dizer o quanto, mas você sempre vai saber, pois eu vou te devolver o mesmo amor. Um dia vai chegar minha hora de passar adiante, e eu vou lembrar de você, eu sei.

Jonathas Iohanathan

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

-

“Ela era mais que linda. Era viva, sarcástica, tensa, confusa. Meio desmedida. E rainha.” 
Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Myself

Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos, um filme mais ou menos, um livro mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

-

Cheguei ao limite e vou deixar as coisas passarem. Estou até pensando em comprar um violão e assistir as nuvens se fecharem. Eles vão fotografar a minha dor e expor, mas seja como for. Eu sei que no céu tem cor. 

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Tenho me confundido na tentativa de te decifrar, todos os dias. Mas confuso, perdido, sozinho, minha única certeza é que de cada vez aumenta ainda mais minha necessidade de ti. Torna-se desesperada, urgente. Eu já não sei o que faço. Não sinto nenhuma outra alegria além de ti. Como pude cair assim nesse fundo poço? Quando foi que me desequilibrei? Não quero me afogar: Quero beber tua água. Não te negues, minha sede é clara.

Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 30 de junho de 2010

The Little Things

Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente. Sou isso hoje... Amanhã, já me reinventei. Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim. Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar... Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Sou pessoa de riso fácil e choro também.

Tati Bernardi

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ontem

Ontem eu descobri que eu posso me enganar, ontem eu descobri que meu coração nem sempre joga limpo. Ontem eu descobri que ele pode me confundir, e que pode quebrar a ilusão das coisas com igual facilidade. Ontem eu descobri que tomei a decisão errada, eu estava completamente cega. Dois amores às vezes não servem para uma pessoa só, escolhas são obrigatórias, mas eu tenho o direito de errar nelas. Embora seja difícil de admitir, uma pequena paixão pode balançar um grande amor. Mas um grande amor não pode se perder.

terça-feira, 22 de junho de 2010

-

O conhecimento é produzido num processo sem fim. O conhecimento considerando absurdo hoje poderá ser supervalorizado amanhã. Por isso a democracia das ideias é uma necessidade inevitável.
Não é possível viver em liberdade sem respeitar os que pensam diferente de nós.

Augusto Cury

domingo, 20 de junho de 2010

Todas as paroxetinas são acentuadas

Um mês de antidepressivo e volto ao consultório da psiquiatra. Preciso contar o que mudou. Bom, antes, quando fechavam a porta do avião, eu pensava “quando eu vou começar a morrer?” e agora eu penso “quando é que vão servir o lanchinho de pernil vencido?”. É, substituir a morte por um lanche por apenas 48 reais a caixinha com 10 comprimidos de 20 mg me parece bem interessante. Acho que estou bem.
Ela tinha avisado que eu sentiria fome, só não imaginei que seria de meia em meia hora. Só nunca me imaginei comendo banana com pão de queijo às quatros da manhã. E pior: com gemidos musicalizados. Do tipo: cara, como a vida é boa.
Acho que tô bem. Quando o trânsito para eu não penso mais que meu miocárdio vai explodir junto com uma veia da testa e eu, tão bonitinha, vou me dissipar pelo mundo entre tripas, bostas e sangues. Penso apenas “hmmm, olha só, se o trânsito não tivesse parado, eu não teria visto que abriu uma franquia do “amor aos pedaços” nessa avenida. Hmmmmm.
Acho que tô bem. Não me mordo mais dormindo, tensa, tipo “de onde viemos e para onde vamos” ou pior “se Deus não existe, como faz?”. Eu acordo pra morder, quer dizer, comer. E Deus deve existir, caso contrário, não existiria a banana com pão de queijo às quatro da manhã. E eu não sei de onde eu vim, mas iria fácil, agora, a uma pizzaria.
Eu acho que estou bem. Não tenho mais pânico de atravessar a rua, de lugar fechado, de compromisso, de túnel, de trovão, de ficar doente, de cair dura, de enfartar, de calor. Mas, pra falar a verdade, tá me dando muita fome e eu queria ir embora agora. Eu tô bem. Tá tudo bem. Ah, sim, a receita, obrigada. Hmmmm receita! Vou pedir pra minha mãe fazer aquele bolo de…Voltar daqui um mês? Claro, se eu ainda passar pela porta.

Tati Bernardi

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Nem sempre meu sorriso foi verdadeiro,

...nem sempre as escolhas que fiz foram as corretas, nem sempre as pessoas que escolhi permaneceram do meu lado, nem sempre meu sonho se realizou, nem sempre minha opinião foi aceita, nem sempre fiz o que quis. Não vivemos exatamente o que sonhamos, vivemos o que cativamos, o que nos foi guardado, o que merecemos. Geralmente sofremos quando esperamos algo de alguém; o ideal é não esperar nada de ninguém, e se surpreender com cada ato, cada inesperado tão esperado ocultamente. Esquecemos que estes são humanos, e como tal, erram. Todos nós somos felizes e pra todos nós o sol continua brilhando. Devemos saber perder. Devemos viver e aproveitar o que nos foi oferecido, sem mais demais, e apesar de todos os apesares (...)